Compositor: Carlos Alberto García
Quero ver seu rosto
Brilhando como uma escrava negro
Sorrindo com vontade
Longe, longe de casa
Não tenho ninguém para me acompanhar
Ao ver a manhã
Nem que me dê a injeção a tempo
Antes que meu coração se apodreça
Nem esquente esses ossos frios
Querida
Quero ver você nua
No dia em que desfilem os corpos
Que foram salvos
Querida
Sobre alguma rodovia
Que tenha infinitos cartazes
Que não digam nada
E realmente quero que você ria
E que me diga que é um jogo apenas
Ou me mate ao meio-dia
Querida
Entrando no quarto (voando baixo)
A cotovia já está perto de sua cama, querida
Quero ficar (não diga nada)
Espere que as sombras tenham ido embora, querida
Você não vê minha capa azul?
Meu cabelo até os ombros
A luz fatal
A espada vingadora?
Não vê como sou branco
Não vês?
Não vê como sou branco
Não vês?
Quero queimar pouco a pouco
As velas dos barcos ancorados
Em mares gelados, querida
Este inverno foi ruim
E acho que esqueci minha sombra
No metrô
E suas pernas cada vez mais longas
Sabem que não posso voltar
A cidade mija de rir da gente
Querida